Evento
Ter bons hábitos alimentares é um fator determinante para a promoção da saúde. De acordo com a Roda dos Alimentos, cerca de 75% de uma alimentação equilibrada deve provir de cereais, tubérculos, produtos hortícolas, frutas e leguminosas, ou seja, diretamente da agricultura.
Para além de seguir as proporções recomendadas, a qualidade dos alimentos que consumimos é também essencial para uma alimentação saudável. No caso dos produtos agrícolas, a qualidade traduz-se na frescura e na ausência de produtos químicos, como pesticidas e fertilizantes, nos alimentos. A promoção da agricultura em modo biológico e de proximidade deve por isso ser incentivada, uma vez que promove os produtores e comércio locais, o fornecimento de produtos mais frescos e com maior segurança alimentar, evitando o consumo energético e emissões de gases com efeito de estufa associadas a longas deslocações desde o produtor ao consumidor.
O projeto Good Food Hubs, promovido pelo Município do Porto em parceria com sete instituições de ensino superior e investigação da Universidade do Porto – Pólo Asprela, pretende facilitar o acesso a alimentos biológicos, frescos, de qualidade, saudáveis, de proximidade e a preços justos, incentivando em simultâneo as práticas agrícolas sustentáveis, de modo a proteger os solos, aumentar a biodiversidade e contribuir para a descarbonização da sociedade. Para além dos mercados “pop-up” semanais, onde os produtores locais aderentes ao projeto vendem os seus produtos e onde pode também levantar um cabaz adquirido on-line através da aplicação Hortee, o projeto Good food hubs promove ainda wokshops sobre alimentação, produção de alimentos e redução do desperdício alimentar. Consulte a Eco Agenda Porto para saber o horário e local destes mercados “pop-up” que se realizam em várias instituições de ensino superior da Universidade do Porto, no Pólo da Asprela.
Conheça também o projeto “Horta à Porta”, promovido pelo município em parceria com a Lipor, e que disponibiliza talhões a particulares interessados em praticar a produção agrícola em modo biológico para autoconsumo. Para a concretização deste projeto, foram reconvertidos em Hortas Municipais cerca de 4 hectares de espaços expectantes da cidade, onde os munícipes praticam agricultura em modo biológico para consumo próprio e regeneram o solo através da compostagem, que permite a devolução ao solo de 120 toneladas de matéria orgânica por ano. Para se inscrever e conhecer o regulamento deste projeto visite “Horta à Porta”.
A agricultura urbana tem um impacto significativo no bem-estar das pessoas. O trabalho na horta, como cavar, plantar e colher, é uma boa forma de se exercitar ao ar livre e a interação com a natureza tem sido associada a benefícios para a saúde mental, reduzindo os níveis de stress e melhorando o bem-estar geral. Para além disso, sendo geralmente realizada em espaços comunitários, promove a interação entre os membros da comunidade, fortalecendo os laços sociais e diminuindo o isolamento.
Mesmo que não tenha um terreno disponível, saiba que é possível produzir alguns produtos hortícolas na sua varanda ou janela. No Programa Virtual de Educação Ambiental temos várias sugestões para si, desde a produção de terra e adubo em casa, hortas na parede, cultivar plantas para sopas e saladas e até flores que se comem, passando pelo controlo de pragas sem químicos e controlo biológico de ervas ! Veja estes e outros episódios da série A biodiversidade em casa quer já seja um agricultor urbano ou esteja a pensar em iniciar o cultivo dos seus alimentos.