Evento
O último relatório de avaliação da depleção de ozono, realizado em 2022, relata evidências de recuperação na camada de ozono devido à adoção do Protocolo de Montreal a nível global.
As medidas previstas neste Protocolo visam a redução ou eliminação da utilização de clorofluorcarbonetos (CFC), substâncias amplamente usadas até à década de 80 do século XX em aerossóis e sistemas de refrigeração de eletrodomésticos e outros equipamentos. Para além de reagirem com o ozono da estratosfera (que constitui a camada protetora de ozono), diminuindo a sua concentração, os CFC são também gases com efeito de estufa, contribuindo para o aquecimento global. A utilização destas substâncias diminuiu gradualmente até aos atuais 98% em comparação com o ano de referência de 1990, graças às medidas em vigor decorrentes do Protocolo de Montreal e sucessivas Emendas, apoiadas pela monitorização e constante investigação científica.
De acordo com o mesmo relatório, a aplicação do Protocolo de Montreal está a evitar o aumento de temperatura global de 0,5º a 1ºC até metade do século XXI. Estima-se ainda que tenham sido evitados mais de 250 milhões de casos de cancro da pele e cerca de 50 milhões de casos de catarata até o final do século XXI, que aconteceriam caso não se tomassem medidas para reverter a degradação da camada de ozono.
Estes resultados são animadores, por um lado, pela recuperação da camada protetora de ozono, essencial para a vida no planeta e, por outro lado, por demonstrar que a adoção universal de medidas mitigadoras dos impactos ambientais negativos causados por ação antropogénica tem efeitos reais na resolução desses problemas.
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