02 Fev
Que dia é hoje?

Dia Mundial das Zonas Húmidas

A Convenção sobre as Zonas Húmidas, mais conhecida por Convenção de Ramsar, a cidade iraniana onde foi assinada em 1971, foi o primeiro tratado internacional sobre conservação da natureza. O objetivo desta convenção internacional é conservar e proteger o ecossistema proporcionado pelas Zonas Húmidas, definidas como áreas encharcadas ou inundadas de forma permanente ou sazonal por águas doce, salgada ou salobra. A variedade de habitats disponibilizados pelas zonas húmidas compreende zonas de pântano, turfeiras, charcos, lagos, estuários, entre outras.

As Zonas Húmidas armazenam cerca de 30% da água doce disponível no planeta e estima-se que mais de um bilião de pessoas dependam economicamente destes ecossistemas, desenvolvendo atividades como o turismo, a pesca, a aquacultura e agricultura, destacando-se o cultivo de arroz que, a nível mundial, alimenta 3,5 biliões de pessoas.

As comemorações deste ano focam-se na urgência de recuperar estes ecossistemas. Poderá encontrar material informativo e registar o seu evento na página oficial  promovida pelo secretariado da Convenção de Ramsar

Em Portugal, estão identificadas 31 Zonas Húmidas de Importância Internacional – os Sítios Ramsar – 18 dos quais em território continental e 13 no arquipélago dos Açores. As zonas identificadas dizem respeito a locais importantes para a conservação da biodiversidade, sobretudo enquanto zonas para a nidificação e repouso de aves aquáticas, incluindo ainda locais de importância económica como por exemplo a exploração de bivalves, as salinas marinhas e arrozais. Conheça mais sobre os Sítios Ramsar em Portugal.

Na cidade do Porto há zonas húmidas renaturalizadas que desempenham um importante papel a nível da adaptação da cidade às alterações climáticas. As bacias de retenção, proporcionadas pela recuperação das linhas de água da cidade, têm um papel fundamental no controlo de cheias em meio urbano, já que têm a capacidade absorver e reter grandes volumes de água que são infiltrados ou libertados lentamente para o sistema de drenagem pluvial. O Parque da Asprela, é disso exemplo, pois resulta da reabilitação de uma zona de leito de cheia da Ribeira da Asprela, com a capacidade de reter 10 mil metros cúbicos de águas pluviais e controlando possíveis situações de cheia nessa zona, incluindo na linha do Metro.

Conheça o projeto “Charcos com Vida”, em funcionamento desde 2011, que incentiva a inventariação, adoção, construção e exploração pedagógica de charcos, de forma a contribuir para o conhecimento e observação da sua biodiversidade e a sensibilização sobre a importância destes habitats. Podem inscrever-se neste projeto grupos escolares, centros de atividades de tempos livros, empresas, entre outros.

Conheça ainda o Amieiro, uma espécie de árvore que gosta de ter as raízes de molho e que podemos encontrar em vários parques da cidade do Porto.