Evento
As aves são habitantes assíduos nas cidades e a sua presença contribui para a sensação de bem-estar e qualidade de vida em meio urbano. Na cidade do Porto foram identificadas XXX espécies de aves no estudo que serviu de base à caracterização da Estrutura Ecológica Municipal para o PDM. Podemos observar essas espécies selvagens naturais nos parques e jardins da cidade, nas margens e no estuário do rio Douro, nomeadamente no Observatório de Aves do Jardim do Cálem localizado na foz da Ribeira da Granja, e na orla costeira.
Nos parques e jardins de maiores dimensões da cidade são também observadas aves geralmente domésticas, mas que aí vivem em semiliberdade. É o caso dos Pavões-indianos dos Jardins do Palácio de Cristal, uma espécie originária da Ásia e por isso exótica no nosso país, que foi introduzida na Europa como ave de cativeiro, devido à beleza da plumagem da magnífica cauda que os machos exibem para cortejar as fêmeas.
Com o objetivo de conhecer melhor a população destas grandes aves, que transformaram os Jardins do Palácio de Cristal no seu habitat, dividindo-o com os milhares de visitantes deste espaço, o município do Porto tem em curso um programa de anilhagem, que consiste na colocação de uma anilha identificada com um código, no tarso das aves. Este código está registado numa base de dados e tem associado várias informações sobre a ave, como o sexo, a idade, local e data onde foi anilhada, entre outras, dependendo do objetivo da marcação dos indivíduos. Com as aves assim identificadas as ações de monitorização são facilitadas, pois basta anotar os códigos das anilhas das aves avistadas e facilmente percebemos há aves novas ou se alguma não foi avistada.
Este trabalho de monitorização é muito importante para evitar um eventual excesso populacional desta espécie exótica, que conflitue com a biodiversidade das espécies autóctones dos vários habitats dos Jardins do Palácio de Cristal e com o usufruto deste espaço pela população e turistas.