27 Jan
Que dia é hoje?

Dia Internacional do Vinho do Porto

Proveniente da Região Demarcada do Douro, o Vinho do Porto é um dos melhores cartões de visita do nosso país, em particular da zona Norte. Embora a tradição vinhateira na região duriense remonte pelo menos aos séculos III e IV, período a que são datados os vestígios arqueológicos mais antigos de lagares e vasilhame vinário encontrados na região, a designação de vinho do Porto surge apenas na segunda metade do século XVII, uma época de grande expansão da viticultura e exportação de vinho impulsionada pelo comércio com Inglaterra.

Os grandes tonéis de madeira, com capacidade para 15 mil litros de vinho designam-se balseiros e a qualidade da madeira de que são feitos influencia a qualidade final do vinho. Uma das madeiras apreciadas na construção destes balseiros é a madeira de carvalho, uma espécie de árvore autóctone que foi outrora a espécie dominante nas florestas do norte do País.

A paisagem da Região Demarcada do Douro foi classificada pela UNESCO em 2001 como Património da Humanidade na categoria de “paisagem cultural evolutiva e viva”. Esta paisagem é composta pelas vinhas, habitualmente rodeadas de olivais, amendoais, pequenos pomares, matas, cursos de água rodeados por galerias ripícolas e ainda edifícios de suporte à atividade agrícola (quintas) e aglomerados urbanos organizados (vilas e aldeias). Estas características conferem-lhe um caráter singular, comparativamente a outras regiões vitícolas europeias e um papel importante na conservação da biodiversidade da região pela variedade de habitats que proporciona.

A Confraria do Vinho do Porto organiza anualmente no dia de S. João, uma regata de Barcos Rabelos, os característicos barcos de madeira sem quilha, que faziam o transporte de barricas e balseiros da região da Régua até às caves em Vila Nova de Gaia, sobretudo antes da linha de comboio ser construída.

Para saber mais sobre o Vinho do Porto visite o Museu da Cidade, extensão do Douro.

Fique a conhecer melhor o carvalho usado na construção dos balseiros neste episódio.

(Bibliografia: Revista da Associação Portuguesa de Horticultura) 

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