Evento
A Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu formalmente a 14 de dezembro de 2022 a importância das iniciativas de zero resíduos e proclamou 30 de março como o Dia Internacional do Desperdício Zero, a ser observado anualmente a partir de 2023. As iniciativas “Desperdício Zero” podem promover uma boa gestão de resíduos e minimizar e prevenir o desperdício. Isto contribui para reduzir a poluição, mitigar a crise climática, conservar a biodiversidade, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde humana.
O funcionamento da natureza é a melhor inspiração para atingir Desperdício Zero, porque na natureza tudo é otimizado e nada se desperdiça, tudo de transforma.
A economia circular é vista como a melhor solução para introduzir os conceitos da natureza no ecossistema humano da produção e consumo. Por exemplo, criar produtos e serviços com um desenho otimizado e inteligente que permita a adaptação, a recuperação, o menor consumo de materiais e uma vida longa; reduzir os desperdícios e resíduos e usar os gerados em processos onde possam ser uteis; partilhar recursos, produtos e serviços, entre outros.
No Porto, a economia circular é um dos temas-chave na estratégia municipal de médio e longo prazo. O Município tem vindo a colocar uma parte substancial do seu esforço, em ações muito concretas, algumas das quais se encontram espelhadas no Roadmap para um Porto Circular em 2030, elaborado em 2017. Este documento, preparado com a colaboração de diversas pessoas e organizações ativas na cidade, destaca as principais práticas e projetos que ocorrem no Porto, propõe uma visão de longo prazo e identifica oportunidades e um programa de ações concretas de forma a transformar o Porto numa cidade circular em 2030.
Com a convicção de que “dar o exemplo” e incentivar as boas práticas são boas formas de influenciar e inspirar a mudança, o Porto tem desenvolvido várias iniciativas de promoção da circularidade, com destaque para o sistema alimentar. Por exemplo, o Porto promove o autoconsumo de alimentos, através da disponibilização de 4, 5 hectares de hortas na cidade, e o consumo local em feiras e mercados de produtores são também estimulados (como por exemplo, o Mercado Biológico do Parque da Cidade e os Good Food Hubs, na Asprela). Trabalha-se igualmente na redução do desperdício alimentar – por exemplo, através dos projetos “Embrulha” e “Dose Certa” – e a recolha de resíduos orgânicos porta-a-porta – projeto Orgânico – abrangerá praticamente toda a cidade até ao final de 2023. Essa matéria orgânica pode assim regressar aos solos e o ciclo reinicia. Saiba mais sobre o projeto aqui.
Outros projetos estão em curso nesta matéria e o Porto quer dar o exemplo.
Sugerimos que assista ao episódio “Tira o desperdício da tua vida”, onde propomos algumas soluções práticas, que podemos usar no nosso dia a dia para evitar o desperdício de alimentos.