Evento
O Dia Internacional da Energia Limpa, proclamado pela Organização das Nações Unidas – ONU, comemora-se pela primeira vez em 2024 e destaca a necessidade de uma abordagem global unificada para as questões energéticas.
A substituição dos combustíveis fósseis, uma das principais fontes de emissão de gases com efeito de estufa – GEE, por energias limpas é o objetivo da transição energética. Só através desta mudança de paradigma energético será possível a descarbonização, uma medida indispensável no combate às alterações climáticas e na prossecução da meta de redução de 1,5ºC na temperatura média global do planeta até 2050.
As energias limpas consistem em fontes e processos de produção energética não associados à poluição, ou seja, emissão de GEE, nomeadamente dióxido de carbono. As fontes de energia limpa incluem a energia eólica, a energia solar, a energia hidroelétrica, a energia geotérmica, a energia dos oceanos e o hidrogénio.
A transição energética assegura ainda um modelo de desenvolvimento sustentável a longo prazo, já que as energias limpas são maioritariamente produzidas a partir de fontes renováveis, não apresentando risco de esgotamento.
A segurança e independência energética são outro ponto-chave desta transição que pretende que os países sejam capazes de produzir a própria energia para consumo, do ponto de vista nacional, para que deixem de depender de recursos internacionais.
De acordo com a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, em novembro de 2023 a incorporação de fontes de energia renovável na geração de eletricidade em Portugal Continental foi de 83,4 %. Esta percentagem deve-se sobretudo a fontes de energia eólica e hídrica. Ainda de acordo com a mesma fonte, Portugal é o quarto país na Europa com maior peso de energias renováveis.
A par das medidas tomadas a nível nacional, a transição energética requer o esforço conjunto do poder local e dos cidadãos.
Nesse sentido, uma das grandes prioridades estratégicas do Município do Porto é atingir a neutralidade carbónica já em 2030, compromisso assumido no Pacto do Porto para o Clima, que pretende despertar a ação dos cidadãos e organizações e criar uma grande comunidade de aprendizagem, partilha e apoio mútuo, para atingir este objetivo.
A cidade do Porto assume-se como produtor de energia limpa de base solar, trabalhando para uma maior independência energética. Para tal, através do projeto Porto Solar em parceria com a AdEPorto – Agência de Energia do Porto, o Município tem investido na produção de energia solar através da instalação de painéis solares fotovoltaicos nos telhados de 29 edifícios municipais, 25 dos quais escolas básicas, sempre associados a medidas de eficiência energética.
A fim de apoiar o esforço dos munícipes na sua própria independência energética, o Município do Porto apoia a instalação de painéis solares em habitações individuais, mediante uma redução no IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis. Através do balcão Porto Energy Hub, coordenado pela AdEPorto e instalado no Gabinete do Munícipe, os cidadãos encontram informação e apoio para a implementação de projetos de eficiência energética e energias renováveis nas suas habitações.