Evento

Em 2022, em Portugal,  foram recolhidas e enviadas para reciclagem 282 toneladas de pilhas e baterias de uso portátil, o que corresponde sensivelmente a 20% do material que é posto no mercado. Este valor é baixo e preocupante pois significa que a maior parte destes resíduos perigosos que contêm substâncias potencialmente cancerígenas e mutagénicas, são descartados no lixo comum, tornando-se um foco de poluição do solo, ar e água, acumulando-se nas cadeias alimentares até se tornarem tóxicos para os seres vivos.

Os metais pesados usados nas pilhas e baterias, como o mercúrio, níquel, cádmio e chumbo, podem ser recuperados através do processo de reciclagem e integrados de forma segura no fabrico de revestimentos resistentes a corrosão, utilizados para realçar a pigmentação de alguns materiais e incorporados na produção de aço inoxidável.

Face à crescente necessidade de armazenar energia elétrica, a investigação nesta área tem procurado materiais mais sustentáveis para a produção de pilhas e baterias. É o caso da investigação sobre a utilização de cascas de caranguejo e lagosta, mais concretamente utilizando a quitina, de que são feitas, para a produção de baterias biodegradáveis. Os resultados são promissores: o protótipo obtido tem uma eficiência energética de 99,7%, mesmo após 1.000 ciclos, o que corresponde a cerca de 400 horas de funcionamento. Isto significa que podem ser rapidamente carregadas e descarregadas sem afetar significativamente o seu desempenho

Enquanto estas alternativas não chegam ao mercado, opte por pilhas recarregáveis, reduzindo a quantidade de resíduos perigosos em circulação e, no fim da sua vida útil, coloque sempre estes resíduos nos pontos de recolha adequados, como ecopontos com contentor próprio, nos ecocentros da Prelada e Antas e em grandes superfícies comerciais onde existem contentores adequados a estes resíduos.