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Quando falamos de floresta autóctone portuguesa, referimo-nos às espécies de árvores que são nativas do nosso território, ou seja, espécies que surgiram espontaneamente e que estão por isso bem adaptadas ao clima, ao tipo de solo, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema.
Antes da última glaciação, há cerca de 20.000 anos, o clima na Península Ibérica era tropical e subtropical, com temperaturas elevadas e muita humidade, predominando nas florestas espécies de folha perene e bem adaptadas a esse clima, da família das Lauráceas como o loureiro (Laurus nobilis e Laurus azorica), o til (Ocotea foetens), o vinhático (Persea indica) e o barbuzano (Apollonias barbujana). Esta floresta é designada Laurissilva, uma palavra que deriva do latim laurus (loureiro) e silva (floresta), e esta floresta de loureiros ainda pode ser encontrada em algumas regiões dos arquipélagos da Madeira e Açores.
O arrefecimento do clima, devido à glaciação, alterou a composição da floresta nesse período, passando a predominar as espécies de coníferas, mais resistentes ao frio, semelhantes às atuais florestas de taiga do norte da europa. O pinheiro-de-casquinha (Pinus sylvestris) e algumas espécies de abetos (Abies) e espruces (Picea) ainda marcam presença em alguns pontos mais a norte da nossa floresta.
No fim da glaciação, quando o clima estabilizou e ficou mais ameno, instalaram-se as espécies que atualmente constituem a floresta autóctone portuguesa, onde predominam os carvalhos, sobreiros e azinheiras, entre muitas outras espécies.
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